Impacto Cultural Provocado pela Mobilidade
Vou relatar um pouco da minha experiência, pois desde muito novo que sou um migrante.
Bem, na verdade toda a minha vida foi passada de terra em terra. Tenho 20 anos, nasci em Portimão (Algarve), e não me recordo de lá viver, mas sei que foi na praia da Rocha que comecei a andar.
A minha infância divide-se em duas grandes fases, fases estas que foram passadas em lugares distintos e que tiveram influência na minha personalidade e na minha maneira de ser.
Com apenas 1 ano e 6 meses, os meus pais decidiram ir viver para Almada, lugar onde se tinham conhecido e onde residia a minha família materna.
Lembro-me de quando os meus pais partiam para os seus trabalhos eu reunia-me com os meus primos e os amigos que tinha criado.
No chão da rua, com giz da escola desenhávamos os limites das balizas, ou mesmo do jogo do berlinde ou do peão.
Recordo-me bem dos belos doces da padaria do Sr. Zé e dos seus gelados que eu tanto adorava no Verão.
Foi criando um laço enorme com aquele pessoal que fazia parte do meu dia-a-dia.
Mais tarde, os meus pais decidiram mudar de ares, procurando um novo rumo.
Tinha precisamente 5 anos, de mochila as costas e encasacado, partia para uma cidade desconhecida cujo nome era Póvoa de Varzim.
Era tudo tão diferente, parecia ter mais luz e mais vida, as pessoas tinham uma maneira esquisita de falar.
Foi então que iniciei a escola, fui criando o meu grupo de amigos, pois bem me lembro não foi assim tão fácil, estava numa turma em que a maioria dos alunos não era daquela cidade.
Momentos divertidos passaram naquela altura.
A grande vantagem é que estava perto da praia e podia jogar á bola sempre que quisesse.
Fui crescendo e acompanhei o crescimento do meu irmão mais novo, que por incrível que pareça começou a andar na praia da Póvoa.
Foi então que conheci os meus avós paternos, era uma cidade longe para o interior, mas que na verdade despertava a minha curiosidade, pois aquele cheiro era diferente de todos os outros e era tão calma e tão pacífica que dava vontade de lá viver.
Ao longo do tempo, fui adquirindo conhecimentos e vivencias que estiveram ao meu alcance, tive oportunidade de conviver com amigos de infância dos meus pais, que têm uma cultura e hábitos diferentes.
O tempo e a diversidade de culturas foram-se apoderando de mim.
Fui crescendo, até que fiz 17 anos e tomei uma decisão na minha vida, a de fazer a minha inscrição para ingresso na vida militar.
Assim fiz a minha instrução básica em Gaia, com vista para Ribeira do Porto. Uma cidade magnifica e que é a musa de muitas das minhas inspirações.
Na vida militar o convívio com militares de diversos locais do país foi mais uma grande oportunidade para adquirir conhecimentos.
Na verdade, a parte mais emocionante foi o regresso a Lisboa após o meu curso militar.
Lisboa, o rio Tejo e toda a cultura desta grande capital foram como que um despertar para a vida.
Já estou em Lisboa, á mais de dois anos, na verdade sei que não vou cá ficar para sempre, pois o meu próximo passo é a Ilha de S. Miguel (Açores) e terminarei no regresso ao continente.
Portanto, a minha experiência de mobilidade ainda não terminou.
Vou relatar um pouco da minha experiência, pois desde muito novo que sou um migrante.
Bem, na verdade toda a minha vida foi passada de terra em terra. Tenho 20 anos, nasci em Portimão (Algarve), e não me recordo de lá viver, mas sei que foi na praia da Rocha que comecei a andar.
A minha infância divide-se em duas grandes fases, fases estas que foram passadas em lugares distintos e que tiveram influência na minha personalidade e na minha maneira de ser.
Com apenas 1 ano e 6 meses, os meus pais decidiram ir viver para Almada, lugar onde se tinham conhecido e onde residia a minha família materna.
Lembro-me de quando os meus pais partiam para os seus trabalhos eu reunia-me com os meus primos e os amigos que tinha criado.
No chão da rua, com giz da escola desenhávamos os limites das balizas, ou mesmo do jogo do berlinde ou do peão.
Recordo-me bem dos belos doces da padaria do Sr. Zé e dos seus gelados que eu tanto adorava no Verão.
Foi criando um laço enorme com aquele pessoal que fazia parte do meu dia-a-dia.
Mais tarde, os meus pais decidiram mudar de ares, procurando um novo rumo.
Tinha precisamente 5 anos, de mochila as costas e encasacado, partia para uma cidade desconhecida cujo nome era Póvoa de Varzim.
Era tudo tão diferente, parecia ter mais luz e mais vida, as pessoas tinham uma maneira esquisita de falar.
Foi então que iniciei a escola, fui criando o meu grupo de amigos, pois bem me lembro não foi assim tão fácil, estava numa turma em que a maioria dos alunos não era daquela cidade.
Momentos divertidos passaram naquela altura.
A grande vantagem é que estava perto da praia e podia jogar á bola sempre que quisesse.
Fui crescendo e acompanhei o crescimento do meu irmão mais novo, que por incrível que pareça começou a andar na praia da Póvoa.
Foi então que conheci os meus avós paternos, era uma cidade longe para o interior, mas que na verdade despertava a minha curiosidade, pois aquele cheiro era diferente de todos os outros e era tão calma e tão pacífica que dava vontade de lá viver.
Ao longo do tempo, fui adquirindo conhecimentos e vivencias que estiveram ao meu alcance, tive oportunidade de conviver com amigos de infância dos meus pais, que têm uma cultura e hábitos diferentes.
O tempo e a diversidade de culturas foram-se apoderando de mim.
Fui crescendo, até que fiz 17 anos e tomei uma decisão na minha vida, a de fazer a minha inscrição para ingresso na vida militar.
Assim fiz a minha instrução básica em Gaia, com vista para Ribeira do Porto. Uma cidade magnifica e que é a musa de muitas das minhas inspirações.
Na vida militar o convívio com militares de diversos locais do país foi mais uma grande oportunidade para adquirir conhecimentos.
Na verdade, a parte mais emocionante foi o regresso a Lisboa após o meu curso militar.
Lisboa, o rio Tejo e toda a cultura desta grande capital foram como que um despertar para a vida.
Já estou em Lisboa, á mais de dois anos, na verdade sei que não vou cá ficar para sempre, pois o meu próximo passo é a Ilha de S. Miguel (Açores) e terminarei no regresso ao continente.
Portanto, a minha experiência de mobilidade ainda não terminou.
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